• 05.09.2012
    Postado por Rachel Rosemberg

    O site brasileiro, IG, enviou uma repórter (Mariane Morisawa) à Veneza, para fazer a crítica aos filmes exibidos no festival. “Spring Breakers” não poderia estar fora da lista, é claro. Confira o que foi dito:

    Três amigas roubam um restaurante e se juntam a uma quarta para passar a semana do saco cheio (ou “spring break”) na Flórida. É formada a festa, com muita bebida, drogas, sexo, mulheres peladas. O elenco tem Vanessa Hudgens, Selena Gomez e James Franco. Resultado: uma sessão de “Spring Breakers”, de Harmony Korine, lotada como poucas na competição do Festival de Veneza 2012 , na noite desta terça-feira (4).

    O mais surpreendente, provando que as reações nas exibições para jornalistas querem dizer pouca coisa, foi a quase ausência de vaias para o que é, certamente, o pior filme do festival até agora. “At Any Price” , de Ramin Bahrani, queria dizer uma coisa e dizia outra. O israelense “Lemale et Ha’Chalal” não queria dizer muita coisa. O longa de Korine quer chocar simplesmente, apostando no vazio – de ideias, dramaturgia e imagem.

    Korine escreveu o roteiro do polêmico “Kids” (1995), de Larry Clark. “Spring Breakers” vai na mesma linha, sem que o diretor tenha a mesma habilidade – e, 20 anos depois, tudo soa velho.

    O filme abre com um interminável desfile de bundas, peitos e garotas chupando picolés. De mulheres apenas, que fique claro. Candy (Vanessa Hudgens), Cotty (Rachel Korine), Brit (Ashley Benson) e a carola (Selena Gomez), com o nada sutil nome Faith, ou “fé”, estão sem dinheiro para viajar na semana do saco cheio. As três primeiras resolvem assaltar um restaurante. Na Flórida, elas acabam presas numa das inúmeras festas sem distinção que acontecem na primeira meia hora. Um traficante (James Franco, exagerado) as tira da cadeia, com segundas intenções.

    “Spring Breakers” é falsamente polêmico porque coloca meninas no papel de poderosas, capazes de assaltar e atirar só para se divertir, mas de biquíni o tempo inteiro. Explora o corpo feminino sem pudores, mas não despe suas atrizes principais. No fim, é até conservador. Pior de tudo é que o diretor nem sabe o que fazer com uma câmera, rodando de um lado para outro, sem chegar a parte alguma.

    A crítica do IG considerou “Spring Breakers” como sendo o pior filme do festival, comparando-o com “At Any Price” (estrelado por Zac Efron) e com o israelense, “Lemale et Ha’Chalal”. Lembrando que as críticas variam de pessoa para pessoa. É algo muito pessoal, visando um ponto de vista. Claro que opiniões em comum acontecem.

    O que surpreendeu Mariane foi que o filme quase não recebeu vaias (o que é, de certo, um ponto positivo), já que ela o categorizou como o pior filme exibido em Veneza até agora.

    Para ela, o filme é falsamente polêmico, por colocar meninas (ex-atrizes da Disney, para ser mais direta ao ponto, revelando um certo preconceito por parte da repórter) como mulheres “poderosas”, capazes de manejar armas e assaltar só para se divertir. Mas é exatamente o contrário que Korine deseja passar: ele quer mostrar que, mesmo sendo capazes de fazer isso por uma semana de bebedeira, drogas e sexo, as quatro protagonistas são extremamente frágeis e cansadas de uma sociedade de “mesmisse” e depressividade enrustida em sorrisos amarelos e falsa simpatia.

    Mariane pontua bastante o fato de Harmony usar e abusar dos corpos, tanto das atrizes, quanto de figurantes. Falando repetidas vezes o fato de elas usarem biquínis o tempo todo. Mas se trata de um spring break, não é?

    Para ler a matéria no site original, clique aqui.

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