• 27.09.2012
    Postado por VHBR

    O site The Substream publicou nessa semana um review de Spring Breakers, onde elogiou o filme. Leia a review traduzida pelo Selena Gomez Brasil abaixo:

    ATENÇÃO! CONTÉM SPOILERS!

    De todos as reuniões de filmes, uma que eu gostaria de ter presenciado é a reunião onde Harmony Korine de Trash Humpers, Gummo e Julien Donkey-Boy, convenceu Selena Gomez e Vanessa Hudgens a colocarem seus talentos infantis-amigáveis, com cheiro de carro novo em um filme, onde os quatro primeiros minutos consistem em cenas em camêra lenta de caras esguichando mangueiras de cerveja nos seios de garotas, ao som do dubstep de Skrillex “Fisrt of the Year (Equinox)”. Eles tinham donuts? Café? Foi provado pelo materia promocional cheio de biquínis, divulgado nos últimos meses que Spring Breakers seria provocativo, e o nunca-tediante Korine nunca desaponta. Ele fez um filme que depois do cansativo e tediante ano de 2012, será chocante, desafiador, inteligente, sexy e um pouco mais que um desafio para entender, e elogios são mais que merecidos por Gomez e Hudgens, pelo risco que tomaram ao participar desse filme.

    Sem dinheiro e obrigadas a passar mais um spring break na escola vendo “exatamente a mesma coisa” e dormindo na “exatamente mesma cama”, as melhores amigas Candy, Brit e Cotty (Vanessa Hudgens, Ashley Benson e Rachel Korine respectivamente) decidem roubar o carro de um professor e assaltar um restaurante de fast-food. Elas enfiam sua quarta amiga, a devota e séria Faith (Selena Gomez), no carro e imediatamente caem na estrada a caminho de St. Petersburg.

    Elas ficam bêbadas, se drogam, deixam gêmeos idênticos de gangues cheirarem cocaína de seus abdomens e ligam para os pais contando sobre a beleza espiritual do auto-descobrimento da viagem que estão, enquanto adolescentes bêbados socam as paredes de quartos de motéis pela cidade. Eventualmente, acabam se dando mal, flagradas por posse de drogas,mas são libertadas pelo pagamento da fiança feito por Alien (James Franco, com grills de diamante, óculos escuros e tranças no cabelo) que as vê tremendo de frio em seus biquínis na frente de um juiz. Uma gangue é formada, perseguições com tiroteios ocorrem por uma vingança, e um filme que tem momentos sombrios tanto quanto momentos anarquistas.

    É claro, tem momentos em Spring Breakers que condizem com as expectativas iniciais que uma pessoa teria de quatro jovens em forma, em um filme de Harmony Korine sobre spring break. Existem diversas montagens cinéticas de nudez extrema e assustadora do tipo imaginável, mas o filme muda de enredo completamente com a aparição de Franco como Alien, se tornando um filme extremamente difícil de analisar. Assim como Korine foca sua câmera especificamente nas garotas de calcinha de seu elenco enquanto elas jogam leap-frog no corredor, o filme também mostra as quatro heroínas como as maiores gansgters femininas.

    As quatro entram em uma disputa entre os dois traficantes Alien e seu, um dia melhor amigo, Archie (Gucci Mane), como ingênuas, libertas da prisão, mas imediatamente afirmam sua dominância vestidas com máscaras de ski e armas nas mãos. Assim como Korine fixa sua câmera em bundas, virilhas e seios, os personagens são permitidos a controlar sua definição estética, construindo uma cena de pop-arte onde elas brincam de ciranda-cirandinha segurando armas e usando balaclavas rosas enquanto James Franco canta uma balada da Britney Spears em seu piano.

    O efeito ao final do filme é desconsertante e assustadoramente delicioso. É quase impossível de entender e é extremamente difícil definir um significado específico ao filme. Se houver qualquer tumulto em seu lançamento em janeiro, é menos provável que seja de fans adolescentes de Selena ofendidos, do que de pessoas desejando que Korine tivesse focado na potência de Spring Breakers de uma maneira mais suave.

    Mas Spring Breakers não é um filme banal, é muito mais divertido dessa maneira. É um difícil e lindo mix de sátira, sinceridade, nudez pesada e violência bruta, voyeurismo nojento masculino e auto-definição transgressiva de garotas adolescente. Korine estrutura a maioria do filme de um jeito que o diálogo se repete de novo e de novo, seguido em cenas aceleradas, onde tudo parece um prelúdio antes impossível de prever e uma absolutamente adequada arte-punk de gangues, conclusão. O filme vagueia, da a volta em si mesmo, deixa adolescentes da Disney atirarem em traficantes com sofisticadas armas automáticas. É confuso,esquisito, hilário e obsceno de um jeito que é ao mesmo tempo assustador e profundamente constrangedor. Não há outra pessoa na América que faça filmes que misturem uma estética hip-hop com uma maneira séria e artística de fazê-los, e mesmo o filme de Korine sendo desconsertante, ele faz isso da melhor maneira possível.

    Fonte: Selena Gomez Brasil | Artigo Original: The Substream

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