• 24.01.2015
    Postado por VHBR

    O site BuzzFeed publicou uma matéria falando sobre Eric Vetro, técnico vocal de Vanessa e grandes cantores como Katy Perry e Ariana Grande. Durante a entrevista, Hudgens estava ensaiando para o evento Voices On Point (onde performou a música ‘I Was Here’), que aconteceu no dia 13 de Setembro de 2014 em Los Angeles; e também para o musical “Gigi” (na qual é protagonista).

    Confira a matéria traduzida exclusivamente por nossa equipe abaixo:

    A vida de técnico vocal

    É sexta-feira a tarde em Los Angeles e Vanessa Hudgens está se aquecendo. Ela tirou as botas, estalou o pescoço e passou pelo tapete branco no estúdio musical de seu técnico vocal, Eric Vetro. O sol se põe pela porta do quintal e Vetro senta num banquinho preto – um modelo de alta tecnologia que ele prefere por manter o tom da sala. Enquanto ele prepara os exercícios, Hudgens começa fazendo barulhos esquisitos com sua voz: hees, hoos, haws, heys, wes, mas e delicados nayayayas.

    “Agora canta, ‘Yum yum yum yum yum yum,’  Vetro diz, e Hudgens canta ‘Yum yum yum yum yum yum’, seguindo o piano. Vetro, sorrindo, orienta “Faz que sim com a cabeça. Gire os ombros. Agora, movimente bem os braços.” A jovem cantora e atriz – famosa por High School Musical e Spring Breakers – junta os pulsos acima da cabeça e depois solta os braços graciosamente enquanto atinge uma nota alta.

    Hudgens, que, atualmente com 26 anos, volta e meia trabalha com Veltro desde que ela tinha uns 17, tem se encontrado com ele regularmente pra se preparar pra sua primeira produção da Broadway. Ela interpreta a protagonista em Gigi, agora no meio de uma temporada pré-Broadway no Kennedy Center em Washington DC (terminando em 12 de fevereiro). Hoje, porém, dentro da elegante e moderna residência de Vetro, eles estão preparando uma performance diferente: um show beneficente em homenagem a compositora Diane Warren, uma das amigas intimas do técnico vocal.

    Acompanhada por piano e violoncelo, o ultimo tocado por Vetro, Hudgens vai cantar “I Was Here”, uma balada que Warren compôs para Beyoncé sobre o legado que alguém deixa ao fim de sua vida. A música encaixa perfeitamente: Um dia antes desse ensaio, a mãe do namorado de Hudgens faleceu (“Já sinto sua falta, mamãe”, ela escreveu no twitter aquela noite). Apesar da carga emocional da perda, ela está de cabeça fria e pronta pra trabalhar na sala de Vetro, ocasionalmente bebericando um chá pra garganta numa caneca escrito “KEEP CALM AND CARRY ON”.

    Ela sempre amou cantar aqui.

    “É como vir à casa de um amigo para ensaiar.” Hudgens disse depois. “Ele quer que você vá a casa dele. Quer que você entre na vida dele. Ele está sempre aberto.”

    Sob um olhar superficial, qualquer um pode assumir que a indústria pop está cheia de artifícios vocais. Correções de afinação como auto-tune tem tornado fácil para muitos cantores medíocres a continuarem na moda, enquanto grandes produtores frequentemente recortam e colam vários trechos vocais usando tais técnicas para fazer um grande sucesso. Marketing e manipulação tem um papel tão grande nessa máquina de sucessos de hoje em dia que “autenticidade” ganhou um novo significado. Críticos podem pensar que esse é o caso de veteranos da Disney como Hudgens, cujo hits de maiores sucesso em seu auge, inclui “Sneakernight” de 2008, é exatamente esse produto pop teen fabricado.

    Mas Vetro, cuja carreira profissional é vocalmente da moda antiga, não é escravo da tecnologia. Um dos técnicos vocais mais procurados do país tem uma carreira sólida no ramo há mais de 30 anos. Seus feitos incluem atores de Hollywood, cantores da Broadway, e pop stars como Katy Perry, Ariana Grande e Meghan Trainor, do hit “All About That Bass” (todas estas indicadas ao Grammy deste ano). Vetro viveu desde o começo do auto-tune e disse que nunca teve impacto em seu trabalho. Ele afirma que a técnica certa e a manutenção vocal são cruciais para o trabalho de um artista, e que muitos cantores e produtores que gravam em estúdios chiques ainda se esforçam ao máximo pra ter a performance vocal mais genuína possível.

    “Eu procedo como se realmente não tivesse essas coisas – como se auto-tune não existisse”, ele diz, falando sobre seu empenho durante as lições. “Eu realmente tento fazer com que as pessoas soem o melhor que elas puderem, cantem o melhor que puderem, e então eu deixo o produtor decidir ‘oh, vamos precisar de uma ajudinha aqui. Precisamos de mais alguma coisa’, aí acho ótimo que tenha essa ferramenta. Mas eu pessoalmente nem considero de maneira nenhuma.”

    Vetro, 58 anos, tem uma personalidade acolhedora e magnética. Seus alunos o acham fácil de fazer amizade, e como professor ele procura ter uma certa distancia pra garantir a relação de trabalho. Diferente de técnicos vocais conhecidos, como Seth Riggs – pioneiro no “Speech Level Singing” e técnico de Michael Jackson e Stevie Wonder – Vetro não tem uma estratégia de marketing. Na verdade, ele não tem nem Facebook. Seu site parece que foi feito em 1998 e seu Twitter foi abandonado há mais de um ano. Ainda assim, ele adora estar por perto de criativos, e nos círculos de celebridades cantoras, seu nome é muito bem falado.

    (…)

    De volta à casa de Vetro, sua sessão com Hudgens continua graciosamente. Ela termina de se aquecer e então começa uma técnica de Yoga que é a especialidade de Veltro. Ele chama de “Leão Feroz em Silêncio” ou simplesmente “Pose de Leão”. Hudgens joga os braços pra trás, abre bem os dedos, estufa o peito e abre a boca. Depois de 10 segundos, ela dá um rugido gigante.

    Depois disso, é hora de ensaiar “I Was Here”, a música de Beyoncé. A faixa, que originalmente esteve no álbum de 2011 de Beyoncé, 4, começa delicada até no meio atingir o clímax. Na intimidade da sala acústica de Vetro, todas as notas foram alcançadas. Posicionada em pé diante do microfone, de olhos fechados enquanto acompanha a melodia, Hudgens eleva sua voz a uma oitava cheia para entoar o poderoso refrão – mas ao invés de dizer todas as palavras, ela só usa vogais nesse ensaio inicial.

    A voz dela é firme e forte, quase uma analogia à própria Queen Bey. Mesmo sem as palavras, a paixão é transmitida.

    Nessa tarde de sexta, fica óbvio que a positividade de Vetro não é só parte de sua personalidade. É também uma filosofia de trabalho – uma maneira de encorajar as cantoras a se abrirem. Ainda assim: Quando seus alunos chegam, eles começam a trabalhar. Requer meses de disciplina e Hudgens tem se preparado pra Gigi como um corredor faria numa maratona.

    “Você tem que estar em forma de luta”, ela disse. “Você tem que ter certeza que sua voz é forte e ágil. Você tem que ter certeza que fisicamente você pode suprir a demanda de se apresentar duas vezes por dia cantando e dançando pelo palco. É como um atleta.”

    Clique aqui para conferir a matéria original.

    Tradução exclusiva do Vanessa Hudgens Brasil, se copiar não esqueça dos créditos!

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